Chomsky, Galeano e Žižek associam-se ao manifesto “Apoio Internacional ao Podemos”
Noam
Chomsky, Eduardo Galeano, Naomi Klein, Antonio Negri e Slavoj Žižek
figuram entre os 36 intelectuais que subscrevem o manifesto “Apoio
Internacional ao Podemos”. Os subscritores do documento frisam que “ante
a paisagem desoladora que as políticas de austeridade desenharam para o
sul da Europa, é acalentador que surjam novas alternativas dispostas a
batalhar pela democracia, direitos sociais e soberania popular”.
No manifesto “Apoio Internacional ao Podemos [1]”,
datado de 12 de junho, os 36 intelectuais celebram “a irrupção em
Espanha da iniciativa política 'Podemos', que obteve em escassos meses
de existência um impressionante apoio popular ao conseguir 8% dos votos,
convertendo-se na terceira força política em 23 das 40 cidades
principais do país”.
“Ante a paisagem desoladora que as políticas de austeridade desenharam para o sul da Europa, é acalentador que surjam novas alternativas dispostas a batalhar pela democracia, direitos sociais e soberania popular”, avançam, sublinhando que “estas alternativas tentam, ao mesmo tempo, fazer política de uma forma nova, para além da chantagem que condena estes países a dependerem das políticas ditadas pelas elites políticas e financeiras da União Europeia”.
No manifesto é também enfatizado que “o programa político de Podemos, elaborado de maneira participativa por milhares de cidadãos, foi capaz de materializar o anseio compartilhado por milhões de pessoas de todo mundo num projeto político concreto: uma rutura com a lógica neoliberal do austericídio e a ditadura da dívida; uma partilha equitativa do trabalho e da riqueza; uma democratização de todas as instâncias da vida pública; a defesa dos direitos sociais e os serviços públicos, e o fim da corrupção e da impunidade com as quais o sonho europeu de igualdade, liberdade e fraternidade degenerou no pesadelo de uma sociedade injusta, desigual, oligárquica e cínica”.
O documento é subscrito por Gilbert Achcar; Jorge Alemán; Cinzia Arruzza; Étienne Balibar; Brenna Bhandar; Paula Biglieri; Bruno Bosteels; Wendy Brown; Hisham Bustani; Judith Butler; Fathi Chamkhi; Noam Chomsky; Giuseppe Cocco; Mike Davis; Erri De Luca; Pierre Dardot; Costas Douzinas; Eduardo Galeano; Michael Hardt; Srećko Horvat; Robert Hullot-Kentor; Sadri Khiari; Naomi Klein; Christian Laval; Chantal Mouffe; Aristeidis Mpaltas; Yasser Munif; Antonio Negri; Simon Pinet; Jacques Rancière; Leticia Sabsay; Mixalis Spourdalakis; Nicos Theotocas; Alberto Toscano; Raul Zelik; Slavoj Žižek.
“Ante a paisagem desoladora que as políticas de austeridade desenharam para o sul da Europa, é acalentador que surjam novas alternativas dispostas a batalhar pela democracia, direitos sociais e soberania popular”, avançam, sublinhando que “estas alternativas tentam, ao mesmo tempo, fazer política de uma forma nova, para além da chantagem que condena estes países a dependerem das políticas ditadas pelas elites políticas e financeiras da União Europeia”.
O Podemos “soube recolher a herança do ciclo de mobilizações populares” que, desde 2011, surgiu para “reivindicar uma democracia realmente digna desse nome”.Segundo os subscritores do documento, o Podemos “soube recolher a herança do ciclo de mobilizações populares” que, desde 2011, surgiu para “reivindicar uma democracia realmente digna desse nome”. “Fê-lo ao fomentar a participação política da cidadania através de umas eleições primárias abertas e a redação de um programa colaborativo, graças à constituição de círculos de apoio e assembleias populares e, por outro lado, fá-lo renunciando financiar-se mediante empréstimos bancários, publicando no site (podemos.info) a sua contabilidade completa, e adotando um compromisso firme com a revogabilidade dos cargos e a limitação de mandatos, privilégios e salários”, referem.
No manifesto é também enfatizado que “o programa político de Podemos, elaborado de maneira participativa por milhares de cidadãos, foi capaz de materializar o anseio compartilhado por milhões de pessoas de todo mundo num projeto político concreto: uma rutura com a lógica neoliberal do austericídio e a ditadura da dívida; uma partilha equitativa do trabalho e da riqueza; uma democratização de todas as instâncias da vida pública; a defesa dos direitos sociais e os serviços públicos, e o fim da corrupção e da impunidade com as quais o sonho europeu de igualdade, liberdade e fraternidade degenerou no pesadelo de uma sociedade injusta, desigual, oligárquica e cínica”.
Perante o avanço da xenofobia e do fascismo, os intelectuais esperam que “a esperança que germinou com o Podemos se estenda a todos os países.Perante o avanço da xenofobia e do fascismo, os intelectuais esperam que “a esperança que germinou com o Podemos se estenda a todos os países: a resistência de um povo que se nega a aceitar a sua submissão passiva e reclama para si esse poder que, em essência, é somente seu: a democracia, a capacidade de decidir tudo sobre o que é de todos”.
O documento é subscrito por Gilbert Achcar; Jorge Alemán; Cinzia Arruzza; Étienne Balibar; Brenna Bhandar; Paula Biglieri; Bruno Bosteels; Wendy Brown; Hisham Bustani; Judith Butler; Fathi Chamkhi; Noam Chomsky; Giuseppe Cocco; Mike Davis; Erri De Luca; Pierre Dardot; Costas Douzinas; Eduardo Galeano; Michael Hardt; Srećko Horvat; Robert Hullot-Kentor; Sadri Khiari; Naomi Klein; Christian Laval; Chantal Mouffe; Aristeidis Mpaltas; Yasser Munif; Antonio Negri; Simon Pinet; Jacques Rancière; Leticia Sabsay; Mixalis Spourdalakis; Nicos Theotocas; Alberto Toscano; Raul Zelik; Slavoj Žižek.

Pablo Iglesias Turrión
Nenhum comentário:
Postar um comentário