A medicina mercantil
"A medicina faz-nos morrer
mais...”
Plutarco
(Da Servidão Moderna)
A origem dos males do escravo
moderno está na degradação generalizada de seu ambiente, do ar que respira, e
da comida que ele consome; o stress provocado pelas suas condições de trabalho
e pelo conjunto de sua vida social.
Sua condição subserviente é um mal que
nunca encontrará remédio. Somente a total liberação da condição na qual ele se
encontra, pode permitir ao escravo moderno se liberar de seus sofrimentos.
A medicina ocidental só conhece um remédio
contra os males dos quais sofrem os escravos modernos: a mutilação. É à base de
cirurgias, de antibiótico ou de quimioterapia que se trata os pacientes da
medicina mercantil. Nunca se ataca a origem do mal, senão que a suas
conseqüências, pelo motivo de que esta busca da origem do mal nos conduziria
inevitavelmente à condenação fatal da organização social em toda sua
totalidade.
Assim como ele transformou todos os detalhes
de nosso mundo em simples mercadoria, o sistema atual fez de nosso corpo uma
mercadoria, um objeto de estudo e de experiências para os pseudo-aprendizes de
medicina mercantil e para a biologia molecular. Os donos do mundo já estão
prontos para patentear os seres vivos.
A seqüencia completa do DNA do genoma
humano é o ponto de partida de uma nova estratégia posta em ação pelo poder. A
descodificação genética não tem outro objetivo que o de amplificar
consideravelmente as formas de dominação e de controle.
Depois de tudo, nosso corpo também não nos
pertence.


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