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segunda-feira, 22 de junho de 2015

A invasão da CSN em 10/11/1988


Um conflito entre soldados do exército, policiais-militares e metalúrgicos em greve na Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), em Volta Redonda (RJ), causou ontem a morte de três pessoas e ferimentos em pelo menos 31. A identidade de dois dos mortos - Valmir Freitas Monteiro, 28, da própria CSN, e William Fernandes Leite, 23, da Fábrica de Estruturas Metálicas - foi revelada pelo prefeito da cidade, Marino Clinger (PDT), depois de visita ao hospital da CSN. Eles foram alvejados a bala. A existência de um terceiro morto (sem identificação) foi anunciada às 0h40 pelo presidente licenciado do Sindicato dos Metalúrgicos de Volta Redonda, Juarez Antunes (deputado federal pelo PDT), e confirmada em seguida pela CSN.
O confronto começou às 19h, quando cerca de 600 soldados do Exército e da PM desceram a avenida Independência - em frente à CSN - atirando bombas de gás lacrimogêneo. Os metalúrgicos responderam com paus e pedras. Um automóvel foi utilizado como barricada pelos soldados. O coronel Orlando Mattos, comandante do 22° Batalhão de Infantaria Motorizada, afirmou que havia retirado "mais de mil" metalúrgicos da siderúrgica e que iria "tirar todo mundo lá de dentro durante a madrugada, porque eles estão depredando o patrimônio".
A ordem para a ocupação da siderúrgica pelas tropas do Exército, ocorrida na noite de terça-feira, partiu do juiz da 3ª Vara Cível de Volta Redonda, Moisés Cohen.
 O general José L. Lopes Da Silva que ordenou a invasão da CSN acabou promovido, no governo FHC, a ministro do STM




O memorial aos três operários, obra do arquiteto Oscar Niemeyer, sofre atentado menos de 24 horas depois de erguido.
 













Líder da greve da CSN, Juarez Antunes, foi eleito prefeito da cidade. Assume, e morre em circunstâncias duvidosas.

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