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sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Sapeurs: os Fashion Victim's do Congo.



“Não se nasce sapeur, mas nos tornamos sapeur simplesmente porque temos um membro na família ou amigo que foi ou é sapeur, enfim, um contexto favorável. É como as várias línguas que falamos em nosso país: se absorve naturalmente sem saber por que. É também assim com o vestir: acabamos incorporando um estilo, a ele acrescentando nossa criatividade. Foi o que se passou comigo. Quando me tornei adolescente comecei a frequentar os lugares da noite e a usar as roupas dos meus amigos. Quando completei quinze anos ganhei de um tio, também sapeur e que estava morando em Paris, um par de sapatos J. M. Weston (modelo mocassin à pampilles). O Weston foi o meu reconhecimento oficial na SAPE, como “un mot de passe” (senha) e a partir daí nunca mais consegui deixar a SAPE. Quando resolvi vir estudar no Brasil, coloquei na mala o par de Weston, que está em perfeito estado, e me acompanhará por toda a vida.”

A “Société des Ambianceurs et de Personnes Elegantes” (ou Sociedade de Ambientadores e de Pessoas Elegantes), também conhecida pela sigla SAPE, representa um grupo surgido durante a década de 1960 no bairro angolano de Bacongo, em Brazzaville – por ocasião da independência do Congo –, que prega um estilo de vida calcado no culto à elegância, no modo de agir, e de se vestir. Os adeptos da sapologie, ou sapeurs, como se autodenominam, são comumente encontrados entre jovens angolanos de origem modesta, que consideram a elegância uma condição de estar no mundo, que vai além de uma mera função estética. 









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