Ligações suspeitas entre vice de Serra e editora Abril
Por Daniela Novais
Crédito : Marina Novaes/Terra Neste sábado (30), o PSDB anunciou que o vice da chapa que tem José Serra como candidato à prefeitura paulistana é o ex-secretário municipal de Educação Alexandre Schneider do PSD do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. Schneider já foi do PSDB e em 2011 migrou para o PSD.
Logo após o anúncio, surgiu uma denúncia na internet e divulgada nas redes sociais, de que Schneider teria desviado verba pública para uma Organização Não Governamental (ONG) Fundação Victor Civita, ligada ao grupo editorial Abril. Confira abaixo.
Vice do Serra e ‘ONG dos donos da Veja’ são réus por rombo nos cofres públicos
Via Os amigos do presidente Lula – Entre as credenciais para ocupar o cargo de vice de José Serra (PSDB/SP), Alexandre Schneider (PSD/SP) tem contra si um processo em que é acusado de desvio de dinheiro dos cofres públicos da prefeitura e do estado de São Paulo para a Fundação Victor Civita. A Fundação Victor Civita é a ONG ligada ao grupo Abril, dono da revista Veja.
No processo, acatado pelo juiz, os promotores do Ministério Público de São Paulo acusam:
1. O vice do Serra, como secretário municipal de educação, contratou a Fundação Victor Civita por relações de amizade e compadrio político, violando o princípio da impessoalidade;
2. A escolha foi feita “a dedo”, dispensando a necessária licitação, já que havia muitas outras instituições habilitadas a prestar o serviço chamado “Projeto de Formação Continuada para Diretores e Supervisores”;
3. Quem fez o serviço, de forma terceirizada, foi o Instituto Protagonistés, cuja presidenta é Rose Neubauer, uma tucana, ex-secretária estadual de Educação, e amiga de Schneider (também causa estranheza a Fundação Victor Civita ter sido uma espécie de “laranja”, apenas servindo de intermediária para a repassar o serviço contratado, sem licitação, para tal instituto);
4. As cartilhas do projeto foram impressas na gráfica da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo e a ONG dos Civita, junto com o instituto da tucana, só pagou a matéria-prima utilizada, sem ressarcir aos cofres públicos o valor dos serviços dos funcionários e outras despesas diretas ou indiretas, causando um prejuízo ao erário estadual. O presidente da Imprensa Oficial, que autorizou essa maracutaia, era Hubert Alquéres, outro a compor esta “ação entre amigos” demotucanos, segundo a denúncia.
Diante disso, os promotores pedem na justiça a devolução aos cofres públicos da prefeitura do valor de R$611.232,00 pelo rombo, além das outras punições cabíveis.
O número do processo é 0006305-89.2010.8.26.0053 na 12ª Vara de Fazenda Pública – Foro Central (link aqui) e teve origem em representação apresentada pelo então vereador Beto Custódio (PT/SP).
A decisão judicial negando tentativa de Schneider de trancar o processo dá detalhes da denúncia (Veja aqui).

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