Agronegócio e a erradicação da fome
Por Almeida
Comentário ao post "A produção de alimentos sem agrotóxicos"
Antes de mais nada, vamos concordar que a costela é a melhor parte do boi, adamicamente acrescento que a do homem também. Estancamos a concordância aqui, para começar a discordar da idéia de me alçar a Presidente do Mundo, nunca reuni tal pretensão e não acho necessário tal presidência; o último que tentou desapareceu em Berlim no século passado.
Para lançarem "metade do mundo à fome", não precisam muito da minha contribuição; metade já se encontra próxima ou inteiramente megulhada nela, portanto, o modelo que está aí não é uma resposta a contento para a fome. Só não há mais fome, porque assim como a agricultura familiar no Brasil responde pela maior parte da alimentação do nosso povo, ao redor do mundo, persistem milhões de agricultores de subsistência que conseguem alguma segurança alimentar, em seus pobres países.
O modelo serve, vou novamente concordar com você, para acumular dólares, acumular divisas, acumular, acumular... é assim que funciona o capitalismo, para ganhar dinheiro acima de tudo. Quem se meter em empresa capitalista para acabar com fome dos pobres quebra, se for empregado é demitido. Sem essa de dizer que o agrobisiness é para matar a fome de pobre, não convence, não faz o gênero dos especuladores da Bolsa de Chicago. Vamos a um exemplo do que falo.
São três os cereais básicos da ração humana; arroz, trigo e milho, outros cereais têm participação menor na oferta de alimento. O milho é o mais produzido e o maior produtor é o EUA, cerca de 40 % da produção mundial. Pois bem, o agrobussiness americano encontrou um novo mercado para seu milho, um terço de sua produção: saem os estômagos roncantes dos pobres, para entrar os tanques que sustentam o ronco dos seus V8. Os preços do cereal explodiram e contribuiram com a alta geral dos alimentos, ou seja, mais fome na casa dos pobres do mundo.
Assim também acontece com muito da soja que exportamos, vira biodiesel na Europa; por aqui também deslocamos muitas excelentes áreas agricultáveis para produzir etanol, que não é a cachaça para iludir barriga de faminto; e mundo afora expande o business do agro combustível. Em resumo, o capitalismo vai atrás de dinheiro, só um idiota pode acreditar que negócio de capitalista é sustentar pobre e encher seu bucho de comida; mais um pouco e acaba acreditando que banqueiro tem alma...


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