O maió Ladrão.
" Vi muntos de adevogado
cum deproma de doto,
desonrando os seus ané,
fazendo crime de horrô.
fazendo defesa injusta
cronta a lei do sarvadô
quanto mais desgraça eu via,
mais meu coração sintia.
mas porém o farso tempo,
sem ligá estas narquia,
sem ligá estas misera,
pra frente me conduzia
e eu vi que tava
socado
na maió patifaria,
de um mundo bem diferente
daquele mundo inocente,
onde inocente eu vivia,
depois da minha inoncença
cumeçou minha sentença.
Mas porém o cundutô,
o tempo, o grande ladrão,
me agradou e me consolou,
cum a sua adulação,
formou bucha de esperança,
formou bucha de inclusão,
como bucha de ispingarda
que a gente faz cum a mão
E vendo que eu era um tolo,
socou no meu coração."


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