trecho do diário de W.Burroughs (1914/1997
* Segunda, 12 de maio.
Lembro no sonho que eu era jovem, com a vida toda à minha frente, em 1890, cidade pequena, cheia de gente simpática.
Gente simpática e ignorante. Eu não estava com pressa nenhuma. Dólares de prata chacoalhando no meu jeans. Na época em que um dólar comprava um banquete.
Gente simpática e ignorante. Eu não estava com pressa nenhuma. Dólares de prata chacoalhando no meu jeans. Na época em que um dólar comprava um banquete.
Acompanhado de um vinho francês da melhor safra e, é claro, do melhor caviar Beluga. Ou então você podia pagar uma boa transa. Qualquer tamanho, raça ou cor.
Então, onde foi que erramos? Acho que o erro sempre esteve ali. ''Segurança, a máscara amigável da transformação. Para a qual sorrimos, sem vermos o que sorri por trás dela.'' (Edwin Arlington Robinson)
Sinto-me frio e envelhecido. Sinto-me como Teiresias, morto há 15 dias, e as ondas desnudando seus ossos em sussurros _aquelas velhas, velhas palavras. Tantas cenas terríveis com _esqueça, desative, deixe pra lá, é apenas sua memória agora, remova-a. Você tem o poder de fazê-lo.


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