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quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Porque apoio a "candidata".

Na verdade, não precisaria justificar as razões de meu voto à "Candidata" do PT, mas faço para manter a coerência (ou, a falta dela...).
Sou da geração que viveu sob o signo da política, cresci nos anos da década de 1970, como muitos daquela época, sempre me interessei pelos acontecimentos políticos daqueles tempos.
Fiz parte de um grupo ligado à Convergência Socialista (1978) e conheci algumas pessoas da Libelú (Liberdade e Luta). Junto com alguns amigos publicávamos um jornal "marginal" (comum na época, 1979) Jornal do Poste, com assuntos diversos e também sobre política.
Acompanhei, de longe, o crescimento do Partido dos Trabalhadores (no ABC), e ao mesmo tempo pregava o Anarquismo como comportamento e forma de agir e viver. Sem patrão, sem dono, sem governo, dentro da filosofia do "faça você mesmo", me sinto à vontade pensando assim.
Mas acabei me filiando ao Partido dos Trabalhadores em 1981 (diretório de Olimpia - SP),
militei na campanha de 1982 pelo partido, ajudei a fazer campanha (muito dificil à época) e em 1984 fiz parte do grupo de apoio do Partido dos Trabalhadores em Minas Gerais (onde começávamos a apoiar um tal de Itamar Franco, e pasmem, Fernando Collor de Mello).
Após muitas lutas, chegamos a 1989 e finalmente, um candidato do povo, Lula!!!
Mas após a derrota nas urnas fiquei muito empolgado com uma declaração que ele fizera: 
-Vamos fazer um governo paralelo (o meu sonho se concretizara, um "governo" alternativo...)
Qual o quê, para minha decepção, Lula sumiu...
Me senti órfão e decepcionado!
Desde então, resolvi não mais votar e levar adiante a minha proposta de construção de uma outra forma de sociedade: anarquista, autogestionária e co-participativa.
E mesmo assim, ainda fui presidente de coligação (PT), vice-presidente de diretório (PT) e sempre procurei estar ao lado do que sempre pensei ser: A esquerda brasileira, libertadora e contrutora do verdadeiro poder popular!!!
Luiz Inácio foi eleito e novamente, me decepcionei (culpa minha, óbvio...)
E agora por estes tempos, ele novamente, querendo empurrar goela abaixo a "sua candidata", colocando em "xeque" o trabalho e a esperança de muita gente.
Tenho consciencia de que as candidaturas do ex-torneiro mecânico Luiz Inácio Lula da Silva, de 1989 a 2006, representaram passos importantes na direção de uma mudança para o País. E a candidatura da "candidata" é a que melhor se presta à continuação dessa mudança.
Grandes questões foram esquecidas nesta campanha. Pessoalmente acho um erro considerar que o Brasil esteja no bom caminho. Mas avalio que a outra alternativa (que nem sequer de longe é "alternativa") não responde aos desafios que o País enfrenta. E que, devido à composição das forças que a apoiam, é na candidatura da "candidata" que estão as maiores esperanças de retomada do debate sobre as questões sociais e econômicas do País, mal resolvidas até agora.
 E aonde, eu, como anarquista me sinto mais a vontade, inclusive para me manifestar.

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